Uma moradora da Rua Alvaci Carlos, bairro São Geraldo, em Itamarandiba, entrou em contato com a nossa reportagem para denunciar uma grande quantidade de escorpiões encontrados em sua residência.
A moradora acredita que os escorpiões podem está vindo da casa de um vizinho, já que no quintal há muito mato e matérias de construção, local propício para a reprodução dos escorpiões.
Diante da situação, o caso foi levado até o conhecimento da Vigilância em Saúde Ambiental de Itamarandiba, que informou não ter recebido essa denúncia. Com isso, a moradora foi orientada para que procurasse a Vigilância Ambiental, podendo fazer a denúncia e ter sua identidade preservada.
Vigilância em Saúde Ambiental orienta sobre prevenção contra escorpiões
Os escorpiões são aracnídeos da mesma classe das aranhas, carrapatos e ácaros, estão ao redor do mundo, há aproximadamente 1.500 espécies e sub espécies de escorpiões que estão divididas atualmente em 18 famílias.
A espécie Tityus serrulatus (escorpião-amarelo) muito encontrada na nossa cidade e vem expandindo devido a sua capacidade de adaptação ao ambiente urbano e à sua característica partenogenética (fêmea que gera filhotes sem o macho), este fato tem levado ao aumento na incidência dos acidentes com escorpião e ao aparecimento do animal em áreas antes livres de sua presença.
Os escorpiões possuem uma das taxas metabólicas mais baixas do reino animal, o que permite permanecer longos períodos sem se alimentar (até um ano). Ao final de uma refeição, os escorpiões podem também evitar se locomover, conservando com isso o máximo de energia.
Estamos na estação mais quente do ano, a época mais propicias para proliferação de mosquitos e animais peçonhentos, como escorpiões e aranhas.
Para o setor de Vigilância em Saúde Ambiental há sempre uma preocupação com o risco de aumento de acidentes com animais deste tipo no verão.
A melhor maneira de se evitar a presença dos animais peçonhentos PREVENÇÃO.
Como prevenir os acidentes por animais peçonhentos
- Manter limpos quintais e jardins, não acumular folhas secas e lixo domiciliar;
- Acondicionar lixo domiciliar em sacos plásticos ou outros recipientes apropriados e fechados, e entregá-los para o serviço de coleta. Não jogar lixo em terrenos baldios;
- Limpar terrenos baldios situados a cerca de dois metros (aceiro) das redondezas dos imóveis;
- Eliminar fontes de alimento para os escorpiões: baratas, aranhas, grilos e outros pequenos animais invertebrados;
- Evitar a formação de ambientes favoráveis ao abrigo de escorpiões, como obras de construção civil e terraplenagens que possam deixar entulho, superfícies sem revestimento, umidade etc;
- Remover periodicamente materiais de construção e lenha armazenados, evitando o acúmulo exagerado;
- Preservar os inimigos naturais dos escorpiões, especialmente aves de hábitos noturnos
- Evitar queimadas em terrenos baldios, pois desalojam os escorpiões;
- Remover folhagens, arbustos e trepadeiras junto às paredes externas e muros;
- Manter fossas sépticas bem vedadas, para evitar a passagem de baratas e escorpiões;
- Rebocar paredes e muros para que não apresentem vãos ou frestas.
- Vedar soleiras de portas com rolos de areia ou rodos de borracha;
- Reparar rodapés soltos e colocar telas nas janelas;
- Telar as aberturas dos ralos, pias ou tanques;
- Telar aberturas de ventilação de porões e manter assoalhos calafetados;
- Manter todos os pontos de energia e telefone devidamente vedados.
Controle químico funciona? Não.
O que fazer em caso de acidente?
Orientamos manter a vítima calma, evitando movimentos desnecessários, manter o membro acometido mais elevado em relação ao restante do corpo.
Lavar o local da picada com água e sabão; manter a vítima em repouso; não fazer garrote, não furar, não cortar, não queimar, não espremer, não fazer sucção no local da ferida e nem aplicar folhas, pó de café ou terra sobre ela para não provocar infecção; não ingerir bebida alcoólica, querosene, ou fumo.
Se possível, e caso não apresente risco de um novo acidente, o animal envolvido deve ser levado juntamente com a vítima ao local de atendimento, para facilitar a identificação do animal e tratamento.
Caso encontre um animal peçonhento, afaste-se com cuidado e evite assustá-lo ou tocá-lo, mesmo que pareça morto, e procure a Vigilância em Saúde Ambiental local para orientações.
A Vigilância em Saúde Ambiental inspeciona, orienta e realiza o trabalho preventivo, além de realizar a coleta de escorpiões vivos, em 2019 foram atendidas mais de 120 ocorrências
A Vigilância em Saúde Ambiental está localizada à Rua Coronel Gentil Fernandes, 108, Centro, telefone 38 3521 3188